Engana-se quem acredita que o marketing tem, apenas, o objetivo de vender algo. Ou divulgar algo. É muito mais do que isso e pode ser decisivo para o sucesso de um negócio.

A partir do momento em que a ideia sai do papel, é preciso fazê-la chegar até o consumidor de maneira satisfatória. Essa é a função do marketing, conjunto de processos para criar, comunicar e distribuir um produto ou um serviço de uma determinada empresa.

Embora o conceito possa ser explicado em poucas linhas, o marketing ainda causa dúvidas sobre como ser aplicado. Por isso, listamos, a seguir, noções gerais de marketing, que vão ajudar você a olhar para a área de outra forma.

Marketing não é um departamento

É uma estratégia de relacionamento com o mercado. Por isso, o marketing está em todas as áreas, ainda que seja conduzido por um profissional ou até uma equipe. O marketing está presente no momento em que um atendente passa informações a um cliente por telefone, nas palavras escolhidas para descrever a sua marca no site institucional, na embalagem de um produto, no atendimento pós-venda, no uniforme de funcionários e no cartão de visita. Em suma, marketing é uma cultura de gestão.

Marketing é uma coisa, publicidade é outra

O primeiro identifica uma necessidade do mercado, cria um produto ou um serviço, comunica a existência dele e, por fim, acompanha, no pós-venda, a satisfação do cliente. Já a publicidade é focada na divulgação, com o objetivo de permitir ao mercado conhecer a empresa e o que tem a oferecer. Para muitas marcas, a publicidade é o carro-chefe das vendas, mas ela não funciona sem um marketing estruturado. “Não adianta gastar com comunicação se a pessoa se interessar pelo produto, chegar para comprar e não conseguir, por problemas de distribuição. O setor de marketing vai olhar para toda a empresa”, afirma o consultor de marketing e diretor do ABC da Comunicação, Luciano Bonetti.

Marketing é para todos

Em qualquer modelo de empresa, não importa o tamanho, nem mesmo o setor de atuação, o marketing vai criar a percepção de valor que um cliente tem da marca. E não é preciso gastar muito: a verba a ser investida na área será proporcional ao faturamento da empresa. “No custo do produto ou serviço já tem de embutir os custos do marketing, para que a verba necessária deixe de ser um gasto, sem causar incômodo ao ser reservada, e se torne investimento”, diz Bonetti. A porcentagem do faturamento a ser gasto em marketing pode variar de 2% a 10%.

Não há só um tipo de marketing

Cada empresa deverá descobrir a vertente de marketing mais adequada ao seu negócio. Por exemplo, um prestador de serviço autônomo pode investir em marketing pessoal. “Ele vende a imagem dele para ser visto como especialista naquele assunto. Para isso, precisa aparecer. Pode fazer palestras e cursos, por exemplo”, explica o professor da PUC-SP e autor de mais de 20 livros, entre os quais “Marketing de Serviços” (Editora Atlas), Alexandre Luzzi Las Casas. Outros tipos importantes são o marketing digital, que utiliza sites, blogs, buscadores, redes sociais e aplicativos; marketing de relacionamento, que visa a construir uma relação com os clientes; e o marketing de conteúdo, que atrai e fideliza o cliente ao produzir conteúdo útil para ele.

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Três etapas de um plano de marketing

Trata-se de um documento que detalha as ações necessárias para estruturar um plano de marketing na sua empresa. Veja como fazer.

1. Planejamento: chegou a hora de organizar as metas. Para isso, é necessário unir os dados colhidos na análise de mercado (incluindo a concorrência) e na identificação de ameaças e oportunidades (ou os pontos fracos e fortes da sua empresa, em relação às outras).

2. Implantação: é a execução do plano de marketing. Deve conter as atividades a serem desempenhadas, prazos, sequência e ordem de prioridade. Também pode conter os custos das ações, além de informar o responsável por cada uma das atividades.

3. Avaliação e controle: ao olhar para os resultados, será possível ver se a atuação aconteceu de acordo com o esperado. É, então, o momento de ajustar os próximos passos, se preciso, com o objetivo de atingir as metas. Esse controle deve ser contínuo.